quinta-feira, abril 30, 2009

Lembra disso?



O Meditabundas é um blog (mal)feito – quando é feito – por 8 pessoas para, no máximo, umas 12 pessoas (incluindo aí algumas das 8 que o fazem, às vezes, e o lêem, mais às vezes ainda). Por isso, não espere critério. O sentido da diversão é a nossa própria diversão sem sentido. Por isso, resgatei isso (quem sabe o que é sabe o que é – e quem não sabe que tente entender).

O LIVRO II – Regras:

1 - Cada um deve criar um personagem, do jeito que quiser e como quiser e somente quem criou pode tirá-lo da história, assim como ninguém pode metamorfoseá-lo em borboleta, Paulo Coelho, Zequinha do Parque ou qualquer outro ser.

2 - Podem ter outros personagens? Acho que sim, desde que não tirem a história do prumo. Como? Devem entrar e sair da história do jeito que lhe achar conveniente, desde que substitua o personagem que você criou.

3 - Para que alguns dos personagens não caiam no esquecimento, fica obrigatório cada capítulo ter pelo menos 3 personagens criados. (pode ser o seu e mais 2 ou qualquer outro). Senão, corre o risco de algum personagem ser citado somente pelo seu criador, ou seja, 8 capítulos depois.

4 - Do resto, acho que é mesma putaria.

(comentário desnecessário: e foi mesmo, como você pode acompanhar abaixo)

CAPÍTULO 1
A CRIAÇÃO DO MUNDO DE MARLBORO


(Kornellius)

A coisa vai passando de boca em boca e quando chega no seu ouvido já está completamente gozada. Por quê? Porque eu vi o que aconteceu e conheço a verdade:

Contam que no dia em que Barralashbesh Bisha apareceu (se contam é porque eu não vi e essa história já começa muito mal contada), mas vá lá, dizem que o vulcão entrou em erupção.

Foi o maior acontecimento daquele lugarzinho onde nada acontecia, não o vulcão, pois o vulcão entrava em erupção todos os dias, mas o aparecimento de Barralashbesh Bisha. Um guru hindu-protestante com formação budista radicado em Angola onde estudou misticismo chinês com profundas raízes muçulmanas.

E Barralashbesh Bisha era feio, mau, grotesco, perverso, ogro, horrível, assimétrico, coxo, deformado, monstruoso, hediondo, antipático, deselegante, desajeitado, selvagem, mal-encarado, barrigudo, disforme, apavorante, maneta, horrendo, indigesto, demoníaco, ruim, desfigurado, feroz, lúgubre, grosseiro, repugnante, desinteressante, repulsivo, cadavérico, asqueroso, estúpido, desdentado, chocante, desengonçado e só.

Apavorado com tamanha ameaça, o povo de Marlboro fugiu para se abrigar no vulcão.

O prefeito de Marlboro não tinha muito que fazer. O que queria aquela figura? Tentando proteger seu povo ele percebe em um cantinho, lá no fundo do vulcão, que outra pessoa, que não tinha nada a ver com nada, também se abrigava.

- Estamos fugindo de Barralashbesh Bisha, que é feio, mau, grotesco, perverso, ogro, horrível, assimétrico, coxo, deformado, monstruoso, hediondo, antipático, deselegante, desajeitado, selvagem, mal-encarado, barrigudo, disforme, apavorante, maneta, horrendo, indigesto, demoníaco, ruim, desfigurado, feroz, lúgubre, grosseiro, repugnante, desinteressante, repulsivo, cadavérico, asqueroso, estúpido, desdentado, chocante, desengonçado e só. - diz o prefeito - E você?

- Estou fugindo do Lula.

Era Regina Duarte, que também estava apavorada, mas por outros motivos que ninguém conhece.

Mas a conversa não durou, pois Barralashbesh Bisha que era feio, mau, grotesco, perverso, ogro, horrível, assimétrico, coxo, deformado, monstruoso, hediondo, antipático, deselegante, desajeitado, selvagem, mal-encarado, barrigudo, disforme, apavorante, maneta, horrendo, indigesto, demoníaco, ruim, desfigurado, feroz, lúgubre, grosseiro, repugnante, desinteressante, repulsivo, cadavérico, asqueroso, estúpido, desdentado, chocante, desengonçado e só, tirou de seu saco mágico a Pedra Filosofalo e trancou a todos lá dentro.

Ele era o novo Senhor do Mundo de Marlboro! Mas que figura era aquela que surgia no horizonte?

(Xarape)

Será um pássaro? Um avião? Um super-homem? Não! Olhando melhor, parece um carneiro. Ei, agora parece um coelhinho da Páscoa. Olha, mudou. Agora parece um camelo de apenas uma corcova.

- Seu estúpido! – berrou um gordo com a barba por fazer de dentro do vulcão. – Isso não é um camelo, é um dromedário!

- Pois eu chamo como eu quero. – respondeu o narrador. Além do mais, agora parece um tricerátops, olha lá.

Sem dúvida, era uma figura mutante. Uma figura, mais tarde percebeu-se, esculpida pela ação do vento em uma nuvem de poeira expelida pelo vulcão. A erupção estava próxima. Enquanto isso, dentro da caverna:

- Eu tenho medo. – disse Regina Duarte.

- Medo do quê? – perguntou o prefeito.

- Medo que, depois do meu depoimento, as pessoas fiquem tirando sarro de mim e me esculachando em histórias de gosto duvidoso.

- Pois eu só tenho medo de uma coisa: ela começa com “L”, tem quatro letras e termina com “A”.

- Ah, então você também tem medo dele? Ei, espera aí, snif, snif, que cheiro é esse?

O prefeito não foi capaz de responder. O cheiro era de churrasco, e o churrasco era ele mesmo, assado na lava. Lava que invadiu a caverna e, com a fúria de uma ejaculação precoce, dizimou o povo de Marlboro em questão de segundos.

Repulsivo e coxo, Barralashbesh Bisha delirava. Passava a acumular, a partir daquele momento, ainda mais definições para a sua já gorda coleção de adjetivos: soberano, déspota, almirante, rei, rainha, príncipe valente, valete, senhor feudal, capitão solitário e prostituta do reino. Reino que, para ser completo, agora só precisava de um povo.

Foi aí que Bisha ficou triste pela primeira vez na história. De que valia ser tudo aquilo, ter todo aquele poder, se não havia ninguém para temê-lo?

Cheio de dúvidas, o hediondo Bisha sentou na pedra filosofalo e chorou. Chorou e chorou, depois chorou mais um pouco, mais do que você possa imaginar. Chorou tanto que acabou ficando ainda mais feio, mais com cara de ogro, mais gordo e mais maneta do que era antes. Chorou tanto que começou a ter alucinações e a ouvir vozes. Depois da voz do Brasil, da voz da Tetê Espíndola e da voz de locutor de enterro do Cid Moreira, ouviu uma voz alentadora, delicada e com um sotaque curioso.

- O que aconteceu com você, pobre criatura? Para que chorar assim? Venha comigo. Este cheiro de enxofre está lhe fazendo mal.

Era Perestroika Tchetchecuda da Silva. Uma jovem educada, de corpo bem delineado e sempre inclinada a oferecer favores sexuais para o primeiro que cruzasse o seu caminho. O que ela fazia ali era um mistério. Mas ela estava ali e pronto. Logo propôs-se a ajudar o estúpido e deselegante Bisha naquilo que ele mais queria e precisava na vida: ter um povo para mandar.

(Nego Lee)

Pela estrada afora eles foram sozinhos, levar estes doces para a vovozinha. “Levar estes doces para a vovozinha” era uma gíria da patota do barulho da época, tá ligado?, que significava algo como “vamos dar uma banda”. Na verdade, Barralashbesh Bisha só acompanhou a P. T. da Silva porque achava que “banda” era parecido com “bunda”. Pois é.

Logo no início da jornada, uma pedra no caminho: uma pedra não, um iceberg gigantesco que se erguia à frente deles, teso feito o meu pau, em meio a um grande lago congelado. Sem nem pensar em voltar, Bisha foi o primeiro a tentar cruzar o obstáculo, mas o gelo rachou sob seus pés 43 e ela/ela acabou caindo nas profundezas do tal picolé de arroio. Perestroika, que sabia nadar mas naquele dia estava menstruada, gelou na hora e pensou: “E agora, quem poderá nos ajudar?”. Uma voz suave respondeu ao pensamento:

- Euuuuu! Não contavam com minha astúcia!

Não era o Chapolim Colorado não: era outra moça ruiva, igualmente pitéu como Perestroika, que surgia do nada e sem explicação só para variar. A tal moça, trajando um inexplicável maiô vermelho naquele rio 40 graus negativos, saiu correndo em direção ao buraco onde Bisha despencara. Perestroika, tipo assim, pirou o cabeção naquela intrépida desconhecida. Aqueles peitões balançando em câmera lenta chamaram muito a sua atenção, mas foi pela tchetchênia rebelde da mulher que ela reconheceu a mina:

- Mina!

Na mosca. Era Mina Putin, famosa treinadora da seleção olímpica de natação da ex-URSS, ganhadora de uma medalha no peito do time de vôlei nos jogos de 1980 (obtida quando ela passava no meio do treino dos caras rumo à piscina da concentração). Em um quarto de segundo, Mina mergulhou naquelas frígidas águas insípidas, incolores e inodoras, trazendo Bisha à tona. Junto com ele, ela também resgatou o navio Titanic, mas sem o Leonardo DiCaprio.

(Nery)

A verdade é que o mundo de Marlboro não estava pronto, nem nunca estaria, para tão bisonha cena: Barralashbesh Bisha, gotejante, abraçado a uma Mina em trajes de banho, dependurado na proa (ou seria a popa? [melhor chamar de ponta]) de um Titanic carcomido e corroído por décadas de submersão involuntária nas águas geladas de um lago congelado, gritava:

- I´m the king of the world!

O caquético Titanic avançava pelo gelo, enquanto, sabe-se lá de onde, ecoava a chatérrima música-tema da Celine Dion para o filme transatlântico. Perestroika Tchetchecuda da Silva, sentada na popa (ou seria a proa? [se bem que ela preferiria a ponta]) do Titanic, não conseguia esconder seu ciúme doentil por aquela Mina vagabunda que acabara de salvar o feio, mau, grotesco, perverso, ogro, horrível, assimétrico, coxo, deformado, monstruoso, hediondo, antipático, deselegante, desajeitado, selvagem, mal-encarado, barrigudo, disforme, apavorante, maneta, horrendo, indigesto, demoníaco, ruim, desfigurado, feroz, lúgubre, grosseiro, repugnante, desinteressante, repulsivo, cadavérico, asqueroso, estúpido, desdentado, chocante, desengonçado e também soberano, déspota, almirante, rei, rainha, príncipe valente, valete, senhor feudal, capitão solitário e prostituta do reino Barralashbesh Bisha - o único homem do pedaço neste pedaço de mundo feito só de gelo e vulcões.

O tédio de Perestroika parecia não atingir os pombinhos dependurados na proa (popa? [porra!]) do barquinho. A coitada passou então a olhar pro céu, em busca de uma luz capaz de acalmar seus desejos mais íntimos (além do ardor inesgotável de sua bacurinha).

Foi quando o firmamento vibrou, fazendo Pere vibrar também. Do alto, e avante, um homem (pelo menos é o que parecia) surgiu, vestindo um traje brilhante, vermelho e prateado. Avançando entre as dimensões paralelas dos universos conhecidos, ele acabou pousando no convés do Titanic.

- Permita que eu me introduza... – declarou o mancebo.

- Permito... – Sorriu maliciosamente a Perestroika.

- Eu sou Ultra Sete, ao seu dispor.

- Pode pôr...

Mas Ultra Sete não poderia ter aparecido em hora pior, pois o Titanic rumava, inexorável, para uma cachoeira congelada, com queda de mil metros e cacetada.

(Uca) – com personagem ainda não criado, só moendo o melão dos outros.

E o navio se aproximando da queda congelada.

“Só me faltava essa...”, pensou Ultra. “Essa porra quase caindo, a vagabundinha querendo me dar... e meu uniforme novo apertando na panturrilha...”

- Moça...

- Mmmmm?...

- Aqueles dois ali na... popa... é... proa...é... ali, ó...

- Que que tem?

E o navio se aproximando da queda congelada.

- É o Bisha?

- Hein?...

- Barralashbesh Bisha! Mega super vilão que quer dominar sozinho todo o Mundo de Marlboro.

E o navio se aproximando da queda congelada.

- Não é um gatu? E tá com aquela vagabunda...

- Que perda de tempo...

- Concordo... é muito quiabo pro bobó dela...

- Eu estou falando do Mundo de Marlboro.

E o navio se aproximando da queda congelada.

- Como assim, Ultra?

- Ele ainda não foi criado.

Com os olhos esbugalhados, Perestroika reflete:

- Como assim?...

“Mulé burra do caralho”, pensou Ultra...

- Moça, assim, ó... eu devia bater nele, mas ele ainda não fez a malvadagem. O que ele queria dominar, ainda não existe...

E o navio se aproximando da queda congelada.

- Como assim?... – Perestroika desesperava.

- Vem cá, moça... tá vendo isso aqui?

- ...wow... você quer que eu...

- Ajoelha e capricha, minha filha...

E o navio se aproximando da queda congelada.

- ...moça...

- ...mmmmmm?...

- ...cê viu que o navio tá quase caindo?

- ...ã-rã...

- ...só pra saber.

E o navio se aproximando da queda congelada.

- Ultra...

- Quié?...

- Você é viado?

- Mmmmm... não, mas moro com uma pessoa. Por que?

- É que... na tua cueca tá bordado “Juvenal”...

E o navio se aproximando da queda congelada.

(Carcamano)

Foi quando, para surpresa de todos e felicidade geral da nação, o gigantesco navio parou. Todos contavam com a queda de duzentos e cento e quatro metros de queda que caía bem lá pra baixo. Porém, ninguém contava com um iceberg no meio do caminho (mesmo num navio com o nome Titanic). Todos respiraram aliviados, momentaneamente livres do desastre, até mesmo Perestroika, que sentia-se meio gozada. É que Ultra Sete era meio grosso mesmo.

Foi quando Ultra percebeu que o frio glacial não se comparava ao frio na espinha que sentiu quando ouviu de pertinho uma voz aveludada, meio Caubi Peixoto, meio Genival Larcerda. Era Mustafalcon, seu amigo de infância, dos tempos em que a dupla comia todas as Susies e Barbies das irmãs mais velhas. Girando sobre o próprio eixo num movimento de 180 graus em padedê, Ultra vira-se e encara de frente aquele que foi muito mais do que um amiguinho de rua. Por um momento Ultra tirou a Perestroika da cabeça e, tentando disfarçar a emoção, emposta a voz, igual a um filme japonês dublado:

- Macacos me mordam...Mustafalcon. O que faz aqui? E por que diabos você fica olhando para os lados enquanto eu falo?

- Desculpe Ultra. É o meu exclusivo movimento "Olhos de Águia". Mas isso não importa. O que importa é que eu vim disfarçado nesse navio para ajudá-los a deter Barralashbesh Bisha.

- Quer dizer então que aquele cara parecido com o Leonardo Di Caprio...

- Com essa barbona cerrada aqui? Nem fodendo. É claro que era eu. Inclusive...

Inclusive a voz de Mustafalcon foi abafada por um estalo. Não um estalinho, mas um estalão. Tipo grande mesmo. Mustafalcon havia cometido um grave erro. Seu helicóptero amarelo-plástico estava pousado na proa/popa/estibordo... no bico do navio e, como se isso fosse possível, suas turbinas superaquecidas estavam derretendo o gigantesco e muito grande iceberg

(Mario – que Mario?)

Estavam todos perdidos: Mustafalcon, Ultra e todas as chupadoras de picolé de framboesa. Porém, de súbito, o céu ficou lilás, e o tom meio que de introspecção tomou conta de todo o mundo de Marlboro. E atravessando as grossas nuvens de algodão, quatro gigantes alto-falantes (mas alto mesmo) despejaram de uma só vez o maior sucesso do momento no mundo do Free: o novo disco dos Tribalistas.

O Velho Urso do Oriente trancou-se em sua sacada e, cercado de anjos decaídos, apertou seu fino Free Ultra Lights, deixando escapar uma lágrima de seu olhar distante. Sim, o Velho Urso do Oriente - nascido na Europa Oriental, agora era nada mais, nada menos, que o senhor do tempo no mundo de Marlboro. E como tal, ele era o único que podia fumar Free Ultra Lights e fazer chover.

Neste instante, lá embaixo, abaixo da linha que separa os anjos decaídos e os ursos semi-deuses sensíveis (que se emocionam com a voz da Marisa Monte) dos reles mortais, barbudos e super-heróis desempregados, aconteceu algo terrível. As abundantes lágrimas do gordo urso transformaram aquele mundinho árido e poeirento numa lama só. E isso salvou nossos amigos, pois a chuva esfriou as turbinas do helicóptero amarelo-plástico do Mustafalcon, impedindo que o iceberg derretesse.

Todos ficaram aliviados. E Perestroika foi a primeira a externar tudo:

- Aig gue eu paguei um megdo dagnado... glup! Ah! Agora sim, tinha uma coisa na minha boca que não tava deixando eu falar...

E o Ultra falou:

- É minha filha, essa coisa que você acabou de engolir tinha dono viu, nojenta. E agora vou ter que virar passiva? Nosssssa minha voz já tá afinando. Sua desastrada, eu lhe afogo, nojenta!

Pois é, meus amigos... nossos heróis acabaram ganhando uma nova aliada: Ultra Sete Zero Sete, uma máquina, mas podem chamá-la de avião.

- Puta que Pariu!

Desta vez quem falou foi o nosso semideus sensível, o Velho Urso do Oriente. Ele realmente se emocionava cada vez mais com a música dos Tribalistas e por conta disso chorava descontroladamente. Desta feita, a simples chuva tornou-se um dilúvio. E o mundo de Marlboro, que outrora fora só pó, seguido de só lama, agora estava virando só água. A queda de trocentos metros não mais importava, pois a água estava enchendo o mundo de Marlboro. E todos os habitantes daquele lugar lutavam desesperadamente para se manter na superfície. Já os nossos heróis, dentro do Titanic, estavam sendo levados ao céu. Junto com tudo o que existia no mundo de Marlboro. Era só água. Os cavalos de raça que pastavam solenes nas pradarias dos campos sem fim viraram cavalos marinhos. Barralashbesh Bisha, Regina Duarte e todos os habitantes estavam cientes do fim que se aproximava à medida que a água subia. E ela estava quase no céu! Tudo estava quase perdido. Chegava enfim o dia do juízo final, quando...

Tschiiiishshshsh! - um ruído terrível tomou conta do lugar. Em seguida silêncio. O mais absoluto silêncio seguido por um eloquente:

- Puta que Pariu!

Era o Velho Urso do Oriente, puto da cara, pois suas lágrimas criaram um dilúvio tão grande que as águas subiram até apagar o seu Free Utra Lights. Era o fim do temporal. E da história.


O LIVRO II – Personagens

N.P. - Originalmente, os personagens eram apresentados antes da história. Mas isso quebrava todo o suspense com que eles eram introduzidos (epa!) na história. Por isso optei por publicar as fichas deles no final.

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Nome: Barralashbesh Bisha
Características Físicas: Feio
Quem é: Guru espiritual e mega super vilão que quer dominar
sozinho todo o Mundo de Marlboro.
Cor: Cáqui
Livro: Brida
Uma personalidade: Carla Perez
Barralashbesh Bisha por Barralashbesh Bisha: hummm.. sei lá.. é difícil falar de si mesma, digo, mesmo.
Mensagem: Gostaram do meu Blog? Gatinhus, mandem mensagem, tenho ICQ e MSN. Beijux.

-2-



Nome: Perestroika Tchetchecuda da Silva
Características Físicas: Ruiva em cima, morena embaixo, olhos cor-de-kremlin, 1,78m de um corpo firme e delineado graças aos 10 anos de natação nas águas geladas do rio Volga.
Quem é: Ex-atleta olímpica da ex-União Soviética. Ao contrário dos pais, que trabalham apenas para própria subsistência, Perestroika é muito apegada nuns paus, ou melhor, nuns trocados. Costumava oferecer sua pequena perestroika para padres tarados em troca de alguns rublos.
Cor: Pink, roxo, azul-turquesa, vermelho-sangue, petróleo, depende do parceiro.
Livro: O Caminho das Borboletas
Uma personalidade: Divine Brown e John Holmes.
Perestroika Tchetchecuda por Perestroika Tchetchecuda: Meu pai me deu este nome em homenagem ao processo de abertura política iniciada pelo Michail, aquele careca com um mapa-mundi tatuado na cuca. Mas hoje, quando alguém pensa em abertura, logo lembra de mim, porque a minha abertura é mais gostosa, quentinha e deixa o povo mais feliz.
Mensagem: Olha, o teu zíper está aberto. Não precisa fechar, não, deixa assim. Tá quente aqui, né? Não quer tirar essa calça? Isso, hmm, que bonitinho ele… hmphs, shlog, shlog, shlog...

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Nome: Mina Putin
Características Físicas: Ruiva boazuda, 90-60-90, sofre com uma puta cirrose obtida graças à vodka nossa de cada dia. Anda o dia inteiro de maiô vermelho, tipo Baywatch.
Quem é: Ex-treinadora da seleção olímpica de natação da ex-URSS. Hoje trabalha de salva-vidas em Moscou e presta serviços secretos para os americanos, como espionar atrás da cortina de ferro e chupar o canhão do Bush. Más línguas contam que usava a sua conexão com Cuba para fornecer charutos para o Clinton. Outros dizem que é filha bastarda do atual presidente russo.
Cor: Burro-quando-foge-da-Sibéria.
Livro: Um Dia Daqueles (pelas figurinhas bonitinhas).
Uma personalidade: Bóris Yeltsin Casoy.
Mina Putin por Mina Putin: Passo.
Mensagem: Você ligou pra Mina Putin. No momento não posso atendê-lo, após o sinal etc e tal.

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Nome: Ultra Sete
Características Físicas: Organismo metálico-plástico-emborrachado com zíper atrás. Se move como um robô e faz gestos exagerados para acentuar suas expressões.
Quem é: Poderoso guerreiro vindo do planeta Ultra, na Nebulosa M-78, Ultra Sete tem sete vidas, sete dedos no pé esquerdo e setes pares de meias – um para cada dia da semana.
Cor: As sete do arco-íris.
Livro: As Sete Leis Espirituais do Sucesso (Deepak Chopra).
Filme: Sete Anos no Tibet e Seven (adoro o Brad Pitt).
Conto de Fadas: Branca de Neve e os Sete Anões.
Uma personalidade: National Kid.
Ultra Sete por Ultra Sete: Sou de poucas palavras. Sete, no máximo.
Mensagem: Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe sete! Não tenho preconceitos, desço o cacete mesmo se você for um dragão feio e verde.