sexta-feira, março 23, 2007


Oh, my God!

Eu sou católico. Mas dou tanta importância para isso como para o fato de ser canhoto. Eu nasci assim, e não fiz nenhuma questão de mudar isso. Assim como escrever com a esquerda só me incomodou quando eu tinha que estudar naquelas cadeiras com apoio para o braço direito, ser católico só me incomoda quando sou obrigado a ouvir aquele blá-blá-blá bíblico (fale isso rápido) capaz de infligir sonolência instantânea no mais insone e cafeinado dos mortais.

É uma verborragia surreal cuja mensagem eu nunca entendi direito. Talvez porque, logo na segunda frase, eu já comece a divagar, a pensar em coisas mais mundanas, mais práticas ou até mais sacanas, dependendo dos decotes das amiguinhas dos noivos. Eu sei que não é o tipo de pensamento que se deva ter numa igreja, mas não vejo por parte dos padres nenhum esforço em prender minha atenção. E também nunca nenhum raio caiu na minha cabeça por causa disso. Nem na cabeça dos padres que têm hábitos estranhos - não os de vestir, mas os de despir

A situação é grave.

No meu próprio casamento fiz um esforço hercúleo para tentar captar uma mensagem daquele amontoado de passagens bíblicas lidas pelo padre, mas não foi fácil. A confusão foi tanta que devo ter respondido “sim” na hora do “amém,” “prometo” na hora do “cordeiro de Deus”, e quase coloquei a aliança na mão do padre quando deveria pegar a óstia.

Não me entenda mal. Não é por falta de vontade ou falta de fé que eu sou assim. Eu acredito e tenho fé em muita coisa. Mas é que falta à turma da batina o dom da persuasão que, combinado a uma necessária atualização, tornaria mais crível e interessante o monólogo da Igreja. E tem isso também de ser um monólogo. A Igreja não ouve o que seus fiéis seguidores têm a dizer. Quando ouve, dá um jeito de castigá-los (15 Pai-Nossos, 25 Ave-Marias...). Mas parece que ela não aprende com a experiência. Não se adapta de jeito nenhum. E por isso perde adeptos aos milhões para seitas de caráter muito mais duvidoso do que o dos padres pervertidos de quem tanto ouvimos falar.

Hoje em dia não existe mais espaço para quem prefere continuar tapando o sol com a peneira a passar um bom filtro solar.

Eu sou católico mas não tenho nada a ver com isso aí. Gostava do João Paulo II, mas não assinaria embaixo nada do que ele escreveu. Tá certo que eu não li nada do que ele escreveu, e até isso comprova a falha de tato da Igreja. É sempre a mesma história, a mesma caretice e a mesma ameaça.

E tem mais: até hoje ninguém me explicou o que Deus fazia antes de resolver criar o mundo; ou para que time Ele torce; ou ainda onde Ele nasceu. Também não entendo por que tanta gente afirma que Ele é fiel. Se bem que para isso eu tenho um palpite: a mulher Dele deve ser uma Deusa.

(reclamações e pedidos de excomungação devem ser enviados para a Caixa Postal do Meditabundas)
JC voltou para quicar uns esses



É sabido que os filmes realmente bons nunca entram em cartaz aqui nos cinemas tupiniquins. Prova cabal é este Jesus Christ Vampire Hunter. Veja aqui o trailer, aqui uma cena do filme onde JC quica uns esses e finalmente ouça aqui a sensacional canção dos créditos finais. A letra vem a seguir, caso você queira cantar junto enquanto lamenta o que está perdendo:

He came from Heaven/
Two stakes in his hand!
To smote the vampires/
And free the land!
Come now and join him/
All ye strong and bold!
We'll fight together,/
Like the days of old!
It's all good! It's all right!
Everybody get laid/
Tonight!

quinta-feira, março 22, 2007

- Eu fui excrementado, véia duma figa!

Já era a quinta vez que Lonamílson explicava sua situação para a doce senhora que ele havia encontrado no meio da faixa de pedestres de uma rua movimentada do centro.
Nas outras quatro vezes ele até que tinha sido educado, mas para quem está deitado com as duas pernas e um cotovelo quebrados, além da orelha descolada do rosto, é compreensível que se perca a paciência rapidamente. Além do que, a velha não tinha nada que ficar lá incomodando o pobre coitado. Tudo bem que ela era cega, e por isso mesmo achou estranho cutucar um corpo com sua varinha dobrável no meio da rua. Outro atenuante é que ela também era meio surda, o que complicou ainda mais a sua compreensão da cena. Com todos aqueles carros buzinando perto do seu ouvido, então, você imagina o caos.
Mas Lonamílson não estava nem aí para os problemas da velha. Ele estava era ali, estatelado no chão, gemendo e se sentindo como um pacote de ovos quebrados. Tentava refazer mentalmente a cagada que havia cometido para acabar daquele jeito, e a simples lembrança já era penitência suficiente.
Os curiosos ele sublimava - ficavam apenas olhando e fazendo cara de espanto. Duas mulheres desmaiaram. Um sujeito engomadinho deu um grito histérico, deixou cair sua pasta e saiu rebolando com a mão na testa feito um pavão desmunhecado. Um piá gordinho, daqueles que a camisa da escola mal esconde o umbigo e que parece viver com um sorvete de casquinha na mão, se agachou e perguntou como ele conseguia fazer aquilo de dobrar a perna para a frente. Mas Lonamílson nem ligou para eles.
A porra da velha é que o estava tirando do sério.
As sirenes já davam ao longe o ar da sua (des)graça quando ele agarrou a vara da velha com a mão boa que lhe restava e... bom, o resto da história é muito triste para ser contado aqui. Coitado do Lonamílson.

terça-feira, março 20, 2007

Sai Imagem Da Cabeça



Do Blue Bus de ontem: "Escandaloso | Site oferece 1,000 para blogueiro q ficar nu 'de corpo e alma'".

Aviso: aqui não, violão!