sexta-feira, abril 25, 2014

Ei, Coxa...

Sábado você estreia em casa no Campeonato Brasileiro. É claro que sua torcida apaixonada estará lá para te apoiar, cantando, gritando, pulando, jogando junto. 
Mas, ei, Coxa, soube que parte da torcida –aquela que não é tão apaixonada pelo futebol, mas sim por fazer besteira– está pensando em aprontar com a torcida do Santos. Dizem que foram vítimas de violência na última partida lá na Vila Belmiro. E agora querem a desforra. Como se retribuir a violência fosse resolver alguma coisa. É claro que não resolve. Pelo contrário, só piora.
Ei, Coxa, sua torcida tem nas mãos uma responsabilidade imensa, que é mostrar o quanto é grande e civilizada. Principalmente após aquele espetáculo lamentável promovido por uma facção marginal da organizada em 2009. 
Chega de violência. Se essa turma estranha que ainda visita nossos estádios fantasiada de torcedor quer aparecer, que vá recepcionar a torcida do Santos de forma pacífica. Não precisa levar flores e nem dar beijinhos ou bombons de chocolate. Mas que vá celebrar a paz e que demonstre um mínimo de civilidade. Em outras palavras, que recepcione o visitante como gostaria de ser recepcionado em suas aventuras fora de Curitiba. Não precisamos de mais brigas, feridos e ônibus quebrados. Precisamos de PAZ. 
Só com este pensamento começaremos a reverter essa espiral de violência entre torcidas. Com a certeza de paz, o estádio fica mais cheio, a torcida mais forte e o time mais motivado. E aí, melhor do que mandar a torcida adversária para o hospital –situação em que todos saem perdendo–, é ver o nosso time jogando bem e vencendo em campo. Vamos, pelo menos, fazer a nossa parte.



quarta-feira, abril 23, 2014

Almoço de Negócios

Dois empresários se encontram numa churrascaria rodízio.  

- E aí, João, já tinha vindo aqui?
- Eu j...
- Senhores, já pediram as bebidas?
- Ahm, ainda não. Eu vou querer um guaraná. Com gelo e laranja. E você, João?
- Eu vou tomar um chopp. Tem chopp? 
- Tem, sim senhor.
- Veja um claro para mim, com dois dedos de espuma.
- É pra já. Com licença.
- Então, é bem rápido o atendimento aqui, né?
- Picanha!
- Sim!
- Para mim também. Mal passada. Essa. Pode descer o resto. Valeu, mestre.
- Hummm, delícia. Então, João, o negócio é bom, eu só tenho que...
- Costela bovina!
- Não.
- Eu quero um pedaço magro. Menor, menor. Isso. Ok.
- Tá bonito esse pedaço, hein?
- E a gente nem pegou salada.
- É mesmo. Vamos lá. Quero te mostrar o buffet, João. É animal.

(...)
- Então, dá para fazer aquele preço que eu te passei e aí...
- Nhoque frito com molho quatro queijos!
- Eu quero. Prova aí, João.
- Ah, não, massa não, estou de regime.
- Deixa de bichice. Esse nhoque é uma delícia. Prova aí.
- Meia colher, vai. Aí, obrigado.
- Não é bom? Tô te falando. Aqui é tudo muito bom. 
- Mas podemos parcelar, ou talvez adiar a entrada em 60 di..
- Mignon de carneiro!
- Eu quero.
- Adoro carneiro. Pode pôr. Então, 60 dias? Rola? Aí eu vejo com o outro investidor.
- Acho que não tem problema. O mais importante é saber que...
- Filé argentino!
- Não.
- Não, obrigado.
- ...o mais importante é saber que você vai se dar bem. É um baita negócio.
- Pois é. Dá para v...
- Fraldinha na mostarda!
- Eu quero.
- Eu também.
- Rapaz, essa aqui tá boa pra dedéu. 
- Hummmmm.
- Espaguete ao sugo!
- NÃO! 
- Mas, então, está aprovado, João?
- Mignon no bacon!
- Aprovadíssimo! Por mim, é negócio fechado!
- Então toca aqui, parceiro!
- Conchiglione de abóbora!
- Opa, isso também é bom. Eu quero.
- Eu também.
- Hmmm, nada mal como primeiro prato do meu restaurante.
- Falou e disse, João. Baita negócio. Baita negócio.
- Costelinha de porco!