quinta-feira, maio 29, 2014
Nada como um nerd para desmentir um boato...
Só pode ser fake (clique na imagem para ampliar e ler a melhor explicação para a não-morte de Lou Ferrigno).
O Maior Prejuízo desta Copa no Brasil
#vaitercopa, a despeito do que insiste a hashtag
contrária (#naovaitercopa, dã!).
Como será esta copa, porém, só o (curto) tempo
dirá. Mas de qualquer forma, o maior estrago já está feito. E aqui dentro.
E não estou dizendo aqui dentro do Brasil. Estou
dizendo aqui dentro do meu peito.
Eu (e tantos como eu) sempre sonhamos com uma copa
no Brasil. Coisa de infantes nefelibatas. Lembro que tinha sempre presente esta vontade
autêntica de ver a festa aqui na nossa casa e todo esse blá-blá-blá que agora
só patrocinador oficial ousa usar.
De resto restou a apatia. A apatia de quem achou
que poderia ter sido um momento mágico, mas que agora já sabe que não será.
É claro que vamos torcer, afinal somos brasileiros
e não desistimos nunca e coisa e tal. Porém, a sensação será fugaz.
No final das contas o que vai perdurar mesmo será a sensação de que mais um mísero fragmento da nossa já mísera inocência se foi.
terça-feira, maio 27, 2014
Vida Própria
Um dia desses, em meio à chuva, ele olhou para a viúva da
casa ao lado, que só era viúva para formar a primeira rima pobre deste texto
mal enjambrado. E a viúva comia uvas, numa imagem diáfana que lhe deixou sem
ação, e que me deixou sem rima. Entre as janelas das duas casas vizinhas, só a
chuva caindo fininha. E ele, de olhar fixo na viúva apetitosa - que nunca antes
havia visto como tal – pensava sandices que no fundo nem faziam tanto mal. Era
ele um viúvo triste também, como convém a uma história assim. No fim, ficariam
juntos, já que eu, como autor da trama, não antevia reviravoltas nem mudanças,
e seguia sem muita esperança de fechar tudo com jactância. E o viúvo, tomado de
coragem abrupta, culpa talvez de sua impaciência para com o dono desta pena
irresoluta, abriu a porta de casa disposto a tocar a campainha da vizinha. O
que dizer, ele ainda não sabia. Mas sorria. Por certo uma desculpa esfarrapada
surgiria durante a travessia daquele jardim repleto de inesperada alegria.
Inesperado também foi o raio fulminante que cruzou os céus
para atingi-lo em cheio, fritando esperanças e devaneios. E antes mesmo do
trovão, o viúvo já jazia sem vida no chão. E tão surpreso quanto o morto se viu
o autor deste conto torto. Às vezes as histórias têm vida própria, sem rima,
sem graça, sem sentido algum.
segunda-feira, maio 26, 2014
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