"Da Lama Ao Caos, Do Caos À Lama"
ou
"blá blá blá blá" - em 3 movimentos.
Terceiro movimento - Serra gaúcha
Sendo tri direto: vá à serra gaúcha de carro, dirija 8 horas de Curitiba até Caxias do Sul, saia cedo, entre na serra ainda de dia, fique bobo com a paisagem, estique até Gramado. Ainda: vá no inverno, passe um frio do caralho, veja o Festival de Cinema (Agosto), chame o Antônio Fagundes de caminhoneiro e passe na lojinha de cinema do Gio. Tem camiseta, caneco, cadeira de diretor, etc. Vá na Rua Coberta, passe mais frio, pague caro por um cappuccino, compre vinho barato, fique bêbado e xingue o Fagundes de novo. Durma pouco, faça tudo de novo e dessa vez xingue a Regina Duarte. Queime a língua no chimarrão e volte pra casa com um monte de coisinhas de lã que você nunca mais vai usar. Bah, chega.
sexta-feira, setembro 15, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
Vera Ficha
Ela desceu do opalão marrom em pleno calçadão de Copacabana, fim de tarde, uma luz dourada refletida nos imensos óculos de sol by Zuzu Angel. Bom, era a Vera Fischer que eu lembrava das sessões do Cine Brasil: maquiagem pesada, cabelão oxigenado, tesudona, pouca roupa e cara de vadia. Foi andando, olhando para os lados, sorrisinho de quem vai fazer putaria. Vai, Vera, vai que eu tô ligado. Foi aos pulinhos para debaixo de uma árvore só para me encontrar. Eu, no caso, era bigodudo e usava calça de tergal boca-de-sino, tipo modelo da US Top de 1977. Ah, vai ser ali mesmo, eu conheço a Vera. Ela me pega pela gola da camisa, chega no ouvido e diz: Upa-lá-lá.
Upa-lá-lá? Upa-lá-lá, Vera Fischer? Puta que pariu! Faz vinte e cinco anos que eu não sonho com você e, quando me vem essa iluminação, você solta uma dessas? Fodeu, espalhou no meu sonho um cheiro de Domingo no Parque, de Bozo, sei lá. Upa-lá-lá o caralho. Vou te contar, viu? Vou é sonhar com a Maitê Proença, chupando pirulitinho, minissaia mostrando o rabo e tal.
Fazer o quê? Eu gosto de mulher mais nova.
Ela desceu do opalão marrom em pleno calçadão de Copacabana, fim de tarde, uma luz dourada refletida nos imensos óculos de sol by Zuzu Angel. Bom, era a Vera Fischer que eu lembrava das sessões do Cine Brasil: maquiagem pesada, cabelão oxigenado, tesudona, pouca roupa e cara de vadia. Foi andando, olhando para os lados, sorrisinho de quem vai fazer putaria. Vai, Vera, vai que eu tô ligado. Foi aos pulinhos para debaixo de uma árvore só para me encontrar. Eu, no caso, era bigodudo e usava calça de tergal boca-de-sino, tipo modelo da US Top de 1977. Ah, vai ser ali mesmo, eu conheço a Vera. Ela me pega pela gola da camisa, chega no ouvido e diz: Upa-lá-lá.
Upa-lá-lá? Upa-lá-lá, Vera Fischer? Puta que pariu! Faz vinte e cinco anos que eu não sonho com você e, quando me vem essa iluminação, você solta uma dessas? Fodeu, espalhou no meu sonho um cheiro de Domingo no Parque, de Bozo, sei lá. Upa-lá-lá o caralho. Vou te contar, viu? Vou é sonhar com a Maitê Proença, chupando pirulitinho, minissaia mostrando o rabo e tal.
Fazer o quê? Eu gosto de mulher mais nova.
terça-feira, setembro 12, 2006
Caçado
Logo à frente a estrada descrevia um "Z" serifado, com curvas de 90 graus que só mesmo o carro do Automan para conseguir vencer a mais de 60 quilômetros por hora. Seguiu mais devagar, já que não possuía nenhum veículo repleto de néons azulados desenhados por um cursor de computador. Mas não tão devagar assim, pois sabia que estavam nos seus calcanhares, que mesmo não sendo os de Aquiles, revelavam-se frágeis, aliás como todo o resto de seu corpo. Ouviu um baque surdo no topo da serra, e riu da definição do som, pois se o baque era surdo, coitado, não conseguia nem ouvir a si mesmo. Outro baque, bem mais perto, e então a visão do inferno se descortinou à sua frente, com um carro em chamas passando a centímetros do seu para depois continuar rolando desfiladeiro abaixo. Provavelmente aceleraram demais na serifa do "Z". Devem ter explodido no primeiro baque, como todo bom carro de filme americano. Mas aquilo não era filme. E se houvesse final feliz, ainda estava longe. Outros carros se seguiriam aquele. Talvez até mesmo um helicóptero. A razão de tal assédio? Não sei ainda. Talvez num próximo post.
Logo à frente a estrada descrevia um "Z" serifado, com curvas de 90 graus que só mesmo o carro do Automan para conseguir vencer a mais de 60 quilômetros por hora. Seguiu mais devagar, já que não possuía nenhum veículo repleto de néons azulados desenhados por um cursor de computador. Mas não tão devagar assim, pois sabia que estavam nos seus calcanhares, que mesmo não sendo os de Aquiles, revelavam-se frágeis, aliás como todo o resto de seu corpo. Ouviu um baque surdo no topo da serra, e riu da definição do som, pois se o baque era surdo, coitado, não conseguia nem ouvir a si mesmo. Outro baque, bem mais perto, e então a visão do inferno se descortinou à sua frente, com um carro em chamas passando a centímetros do seu para depois continuar rolando desfiladeiro abaixo. Provavelmente aceleraram demais na serifa do "Z". Devem ter explodido no primeiro baque, como todo bom carro de filme americano. Mas aquilo não era filme. E se houvesse final feliz, ainda estava longe. Outros carros se seguiriam aquele. Talvez até mesmo um helicóptero. A razão de tal assédio? Não sei ainda. Talvez num próximo post.
Mini Geschichte
Eu conheço uma mulher chamada Lüge. Por uma deficiência de nascença, ela tem os membros inferiores proporcionalmente menores do que a média natural do ser humano. Chamam a pequena de Alemãzinha, olha só, que dó.
Ok, eu não conheço uma mulher assim não. Vocês descobriram, eu confesso. É mentira. Tem perna curta, né? A mentira, no caso, não a Lüge. Pegou, hein, hein?
Ah, esquece. Foi ruim.
Eu conheço uma mulher chamada Lüge. Por uma deficiência de nascença, ela tem os membros inferiores proporcionalmente menores do que a média natural do ser humano. Chamam a pequena de Alemãzinha, olha só, que dó.
Ok, eu não conheço uma mulher assim não. Vocês descobriram, eu confesso. É mentira. Tem perna curta, né? A mentira, no caso, não a Lüge. Pegou, hein, hein?
Ah, esquece. Foi ruim.
Assinar:
Postagens (Atom)