sexta-feira, junho 29, 2007

Faça Sua Legenda - IV



Texto original: "Torcedores peruanos vibram nas arquibancadas do Estádio Metropolitano, em Mérida, antes do início da partida entre Uruguai x Peru, que marca a abertura da Copa América 2007." (Fonte: Terra)

Qual seria o SEU texto para a foto? Resposta nos comentários.

quinta-feira, junho 28, 2007


E a égua pulou a cerca

O bicho aí do lado não é fruto de Photoshop. Ela se chama Eclyse e é filha de uma égua que deu zebra, ou melhor, que deu pro zebro. O marido da égua virou um unicórnio, mas dele ninguém tirou foto. Más línguas dão conta de que vive no bar, virando todas e dizendo para quem quiser ouvir: "Você não sabe o que eu estou passando".

quarta-feira, junho 27, 2007


A volta do Cri-Crítico - "O Caçador de Pipas"

Eu não sou um devorador de bestsellers. Mas não tenho vergonha nehuma de ler algo que está fazendo sucesso em todo o mundo. Por mais inócua que a história seja, sempre dá para tirar alguma coisa, nem que seja uma idéia do tipo de argumento que agrada a uma grande fatia da população.
Em "O Caçador de Pipas", o médico e escritor afegão Khaled Hosseini conta a história de dois meninos que cresceram juntos no Afeganistão dos anos 70. Um rico, outro pobre; um covarde e duas caras, outro corajoso e íntegro. Narrado pelo menino mimado, o livro traz descrições quase táteis de lugares, dos cheiros e da cultura local, levando o leitor para dentro da capital de um país destruído pela invasão soviética, pelos maníacos do Taliban e por algumas bombas endereçadas a Bin Laden.
Como todo bom livro deve fazer, "O Caçador de Pipas" mexe com as emoções. Ao longo da história você fica surpreso, chateado, puto, feliz, triste, indignado, cansado e, de certa forma, até agradecido. Ou seja, nada mal para um romance de estréia. Ao contrário de outros autores bestsellers, Hosseini me deixou com vontade de ler o seu segundo livro, o recém-lançado "A Thousand Splendid Suns".

terça-feira, junho 26, 2007

Contos Curtos - II

O quarto estava escuro, muito escuro. Podia-se dizer que parecia noite caso noite já não fosse. Fato é que estava um breu. Uma escuridão acentuada, daquelas de meter medo até em morcego, bicho que geralmente não está nem aí para essas coisas. Foi nessa situação que Cindy acordou. Ela abriu os olhos e nada apareceu em sua retina, talvez por uma falha de comunicação entre o humor aquoso e os bastonetes, mas isso é outra história.
Incomodada (sim, como ficava a sua avó), pôs-se a fechá-los novamente, como se esta ação — agravada pelo pretume — demandasse uma estrutura verbal composta. Esperou alguns segundos e abriu-os mais uma vez. Nada viu. Tornou a fechá-los. Estava tudo preto, inclusive o cara que se encontrava em sua cama. Aliás, nem o cara ela conseguia encontrar.
Cansada dessa história, Cindy resolveu abrir seus olhos enfaticamente, assim, de supetão, na tentativa de ver o rabo da luz fugindo pela fresta da porta. Foi em vão. Como não viu nada, fechou os olhos e voltou a dormir. Vá entender essas mulheres.

segunda-feira, junho 25, 2007

Por que catzo ninguém me avisou que pra poder postar de novo tinha que criar uma conta no Google e depois preencher um formulário e depois colocar senha e depois pagar no banco em três vias fotocopiadas com registro no cartório e com despacho pra Iemanjá? Hein? Ah lôco, postei.
Contos curtos - I

Eram 10h54 da manhã quando Jurema acordou. Ela não estava doente, não estava de ressaca e nem tinha ido dormir tarde. Mesmo assim, Jurema acordou às 10h54. E antes que você ache qualquer coisa, era domingo, estava frio, e Jurema estava estreando um colchão todo chique, estilo americano, daqueles de duas camadas e tal. Pagou no cartão, em 12 vezes. Com os pontos acumulados pretende comprar um travesseiro conturpílou, que viu anunciado na TV. Jurema não é boba. Ela ganha por hora. Se o cliente que paga para dormir com ela realmente dorme, azar o dele. O taxímetro do colchão não pára.