quarta-feira, dezembro 07, 2005

Mais do mesmo, eu sei, mas qsf: conforme prometido aqui, eis outro post sobre um dos shows do Pearl Jam no Brasil em 2006. Com usted, o relato de Pedro Franco - woiski, para os íntimos, ui!

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Pearl Jam - Rio de Janeiro - 04/12/05 (Por woiski)



Capa dos cadernos culturais de sábado e também do primeiro caderno do jornal O Globo. O jornal estava impressionado com o caráter messiânico dos shows no Brasil e na adoração e fidelidade dos fãs. Ingressos esgotados dias antes do show, como há muito não se via em shows no RJ.

Eu e meu primo de lá, companheiro de vários gigs, inclusive um que eu reluto em admitir que foi divertido (Bon Jovi...) começamos o aquecimento no almoço. Fomos para a casa de um terceiro, com futebol na tv para ver o fim do campeonato. Mengão goleou e fomos para o sambódromo. Táxi, metrô e busão foram usados para chegar e sair de lá. Aquecimento continua na entrada, com vários botecos e lanchonetes instaladas. Bar Luiz, coisa boa, chopp de primeira. Nego me leega quando estava caminhando na passarela do samba para chegar na praça da apoteose. Acenei como bom destaque de carnaval, tchauzinho rainha elizabeth e tal. Arquibancadas vazias, Mudhoney tocando lá no fundo, onde parecia ter muuuita gente.

No meu mundo eu iria conseguir chegar lá na frente. Nada. Lugar entupido, arquibancadas cheias, bonito de se ver. Sem pique pra conquistar espaço e avançar. Ficamos perto da torre, aproveitando que tinha telão e o som estava bom. Fila gigante para comprar cerva, e as malditas faixas dizendo q as vendas seriam interrompidas yadda yadda yadda. A tática de choque e pavor teve que ser aplicada. Um copo na mão e virando outro, pra ganhar tempo. Parênteses: nova schin não é bom para seu organismo.

A banda entra e sai rasgando, como no show de Curitiba. Viva o telão, dava pra ver as expressões de alegria de todos. No começo do show uma mulher me cutuca e fala que se eu continuar pulando e incomodando ela iria me empurrar. Eu respondi bem educado 'Por favor me empurre com força, é o Pearl Jam que está ali'. Não a vi mais, deve ter ido comprar cerveja.

Eddie e sua garrafa de vinho tinto (tava um calor da porra, vai gostar de vinho assim...) arranhou português: 'O Rio de Janeiro é muito legal'. Aí ele puxa um coro 'hey ho, Rio'. Quarenta mil pessoas socando o ar e gritando 'hey ho, Rio' foi de arrepiar. Não consigo lembrar se 'I believe in miracles' veio logo na sequência. Prefiro acreditar que sim, depois confiro. Eles mandaram ver "Daughter", que não teve aqui.

Encontramos no meio do povo o amigo que foi com a gente em 95 no show do Bon Jovi aqui na Pedreira. E também um amigo mineiro, perdido por lá. Uma diferença fundamental pro show de Curitiba foi que o povo pulava e cantava em todo lugar, não apenas os que estavam na frente. Tirando a moça que me ameaçou, craro. Onde eu assisti aqui era eu, Nego e poucos dementes se atirando nas músicas.

Quando começa "Yellow Ledbetter", tradicional desfecho dos shows do PJ, a gente já se posiciona pra sair. Aí termina e ele manda "Baba O'Riley". Foda. De sair pulando até em casa. By the way, a resenha do Alvaro Pereira Júnior sobre o show de sábado, na Folha de SP desta segunda-feira, está sensacional.

PS: não consegui liberar com a operadora os códigos para poder enviar as fotos que tirei via celular. Gravei trechos do show com o celular tb, mas qdo tentei vê-los foi triste. Não dá pra entender nada. Tenho aqui comigo, mostro pra quem quiser.

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