quarta-feira, abril 12, 2006



A tradição da Páscoa foi criada em 57 a.C. (antes do Coelho) por Abraham Rabbinovichus, um judeu turco descendente de árabes nazistas, que era famoso por vender ovos de galinha coloridos. Quer dizer, ele era famoso por tentar vender ovos de galinha coloridos, pois em mais de 15 anos pintando ovos ele só conseguira vender um deles, para um sujeito faminto que era daltônico. Os ovos eram recheados com amendoim alemão ou holandês, não lembro ao certo.
Voltando à Páscoa, Abraham (que mais tarde viu seu nome emprestado a um tanque de guerra americano e se suicidou pela trigésima milésima vez - ele era imortal) estava quase falindo quando teve a idéia de criar um evento tradicional em que pudesse literalmente desovar seu estoque de ovos coloridos. Determinou, então, que todo ano seria celebrado um domingo de Páscoa, sem porém ter um motivo especial para tal.
Como o povo naquela época ainda não era tão burro como hoje, ninguém caiu na artimanha comercial de Rabbinovichus.
Depois de mais uma tentativa de suícido fracassada, Abraham, cujo apelido era Coelho por ostentar dentões e orelhas estranhamente grandes, e de se reproduzir prolificamente com mulheres, homens e ovelhas da vizinhança - o que talvez se explique pela dieta quase que exclusiva de amendoins alemães ou holandeses -, enfim, nosso amigo aproveitou o evento hollywoodiano da ascensão para emplacar a Páscoa como sempre sonhou.
Publicitário nas horas vagas, Coelho criou um bem bolado esquema de associação da fé com ovos coloridos e um coelho peludo, que vem dando resultados até hoje. Hoje, acionista majoritário da Garoto, da Nestlé e da Ferrero Rocher, Rabbinovichus, cuja primeira sogra se chamava Rutecrécia Pacovitch - daí o nome do feriado (que era quando ele conseguia fugir da dita cuja) -, é um cidadão recluso. Vive à sombra das árvores de seu retiro espiritual no deserto de Mojave, de onde sai uma vez por ano sob a personalidade de um coelho para esconder seus ovinhos por aí.

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