quarta-feira, abril 18, 2007

Ê, Meu Inimigo Charlie Brown...



Às vezes eu fazo cousas que até Zeus duvida. Escutar rádio, por exemplo. Sim, em tempos de MP3, eu ainda aciono o toca-fitas do meu SP2 para saber qual é, neguinho, qual é o quente da programação radiofônica e comercial de hoje. Ok, confesso que é mais pela comercial do que pela radiofônica, já que o que eu busco mesmo é o break, para ver a quantas anda a propaganda local do meu Paraná varonil. Ver não: ouvir. Que burro eu sou, sô.

Mas não tão burro quanto o existêncio de uma das piores bandas já nascidas pelo cu deste Brasilzão do Cão: Charlie Brown Jr. Escutar ISSO de novo me fez sentar a bunda gorda na cadeira numa madruga dessas qualquer só para sentar a lenha nos tais. Maldito seja o pai do tal Jr., que blasfemou Charles Schulz e/ou até Benito di Paula (acho) para batizar algo tão, tipo assim, maior nada a ver, sabe? - e que não presta nenhum serviço a nada ou lugar algum.

Detalhando: musicalmente, Charlie Brown Jr. é nada. E, literaturalmente, pior. Zero chance de eu querer Proust dentro de um estilo tão banal quanto o rock. Eu nunca vou me esquecer que o tal (meu) ritmo preferido iniciou com "Be-Bop-A-Lula-Be-Bop-Bem-Bom" ou algo assim. Nem que um dos grupos que mais aprecio faz cousas tão ou mais superficiais - mas muito mais adoráveis - como isso aqui. Mas jamais vou deixar me levar por algo tão ruim assim.

Quem defende diz que é música pesada e rápida, sem frescura que vai na veia. Concordo e disconcordo: música pesada por si só serve apenas para pogar; rápida como esta, somente para cabecear. E se a busca é por algo sem frescura que vai na veia, que a pessoa experimente doar sangue, então. A agulha da seringa é quentinha, o barato rola se o jejum estiver em dia e você ainda leva um Nescau de brinde na saída. Música? Usa um iPod com algo que preste, ué.

Resumindo, se você não tem corpinho de 12 anos e a cabeça de 6-6-6, CBJ é som não bão, com um discurso monossilábico, ininteligível e nada inspirador. Ou, em outras palavras, barulhinho bobo feito com letras grandes e figuras para colorir, com a mesma profundidade de "Ritmo de Festa". Com a diferença que esta obra-prima do gênio Silvio Santos, pelo menos, é sorridente, ao contrário de toda a obrada carrancuda de Chorão & seus moleques.

Resumindo de novo: delete.

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