Pum! O Grande Momento Do Futebol
A história de hoje é lendária.
A história de hoje é lendária.
Aconteceu na Copa de 1919 - a primeira
transmitida pela TV. Eu era correspondente psicográfico e escrevia, na época,
para a seção de esportes do Meditabundas.
Nossa seleção, naqueles bons tempos, contava com alguns ídolos da Geração de Prata, como Renan e Montanaro, além do inesquecível Figueiredo (me esqueçam!), Mané Mané, Miguel das Cana e o fantástico Peidorrilho.
Peidorrilho era o artilheiro do Brasil e respondia por este simpático apelido porque seu arranque e velocidade fenomenais possuiam um motivo bem claro: o seu peido supersônico. Quando aquele esquálido neguinho peidava, não tinha beque que segurasse - e era golo na certa!
Foi assim que passamos pela Zâmbia, Slâmbia e Sbórnia nas oitavas. No quadrangular octagonal decisivo, no jogo que se tornaria clássico contra a fortíssima equipe da Groelândia, o artilheiro decidiu se preparar pra valer.
Antes do jogo, no almoço, Peidorrilho traçou uma salada de cebola, o chucrute doado pela Seleção Alemã, uma feijoada, vinte ovos cozidos, trinta rolmóps e uma cachacinha para tirar o bafo.
E o jogo começou. Já na primeira bola passada, o nosso garoto de ouro se concentrou para um peido nunca antes documentado nos anais da história do futebol. E ele veio, num PRONNNGPRUUURF memorável. Só que nosso herói exagerou na dose, borrando-se nos calções azuis celestes do nosso selecionado. A coisa fedeu e começou a escorrer. O juiz expulsou Peidorrilho por falta de decoro em público, embora muitos ainda achem, eu inclusive, que foi apenas uma falta de controle do esfíncter - coisa pra cartão amarelo...
De qualquer forma, nosso artilheiro foi mesmo expulso e assim perdemos a Copa!
No próximo "Histórias de Todas as Copas": a saga de Jeremias Jerimum, o goleiro maneta da Copa de 51, no Kilimanjaro.
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