quarta-feira, novembro 05, 2008

Bushit no more!


Finalmente, depois de 8 anos com um imbecil à frente da maior potência do mundo, os Estados Unidos voltam a ter um líder inspirador. Um líder inteligente, preparado e sem a disposição para fazer piadinhas americanóides num momento em que o que está em jogo é muito maior do que o próprio país. Go Obama, go!

sexta-feira, outubro 31, 2008

50 anos com um comercial de 27

A Lego está comemorando 50 anos de vida. E acaba de ressuscitar um comercial fabuloso produzido em 1981. Para quem vê cópia em tudo, uma cena deste filme "é" o anúncio que ganhou Grand Prix no Festival de Cannes de 2006.

quinta-feira, outubro 30, 2008





Barack Obama já é um ícone dos nossos tempos. Tem bonequinho, gravata, camiseta, travesseiro, adesivo, chaveiro, mouse-pad, picolé, guarda-chuva e tudo mais que você possa imaginar com a cara dele estampada. Em poucos dias haverá uma figura de 10 km numa praia de Barcelona, para ser vista por satélite, bastará acessar o Google Earth. Falta de um herói? Deve ser. Mas eu voto no Obama para Che Guevara.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Stairway To Heaven Of The Iê Iê Iê!

sexta-feira, setembro 26, 2008

Vote Nemim



É impressionante como as campanhas políticas não conseguem apresentar nada de novo. Nunca. E já que tudo o que elas fazem é abusar da repetitividade, eu também vou me repetir: falando mal das campanhas políticas.

Ainda mais neste ano, diante de uma campanha tediosa como a de Curitiba, que nem cosquinha de disputa é capaz de gerar. Mas afinal, como gerar disputa ou interesse se é tudo muito chato, calcado em clichês pra lá de batidos e com clima déjà vu demais?

Senão vejamos se desta vez faltou alguma coisa da cartilha mequetrefe dos marketeiros políticos padrão standard:

- Sotaque forçado "LeiTE quenTE" - confere. O candidato pode ter vindo do Rio ou de Maceió, mas vai falar o E como E e pronto.

- Depoimentos "Eu vou votar no fulano de tal" - batata! Mas quem é que cai nessa de que o depoimento é verdadeiro? E o que me importa se o outro vai votar em quem quer que seja?

- Jingles irritantes – sempre. Em todos os estilos repudiáveis da nossa vasta tradição musical xarope. Às vezes um candidato a prefeito com pouco mais de um minuto tasca lá um jinglão sacal de 45 segundos e acaba não falando mais nada que preste. Se bem que eles nunca têm coisa que preste pra falar, talvez por isso os jingles.

- Som da urna eletrônica – argh! Eu já acho um saco ouvir o “trililim” na hora de votar, por que diachos então tenho que ficar ouvindo essa merda a torto e a direito antes do pleito?

- Gravação "altar de igreja" – essa é mais comum nos partidos pobrinhos, coitados. Sei lá em que galpão eles gravam, mas seus programas ficam um eco-eco-eco e uma reverberação de gravação que sugere que a mesma foi feita em uma gigantesca nave de uma gigantesca igreja. Não dá nem pra ouvir as propostas (ainda bem). Até parece que os pobrinhos fazem de propósito para parecer que são pobrinhos, coitados.

- Teatrinho estilo "novela da CNT" – uns atores mequetrefes e super-overs forçando diálogos improváveis, com entonações absurdas e argumentos idem. Pior ainda quando tentam temperar o sketch com um humor tipo "a praça é nossa", só que ainda mais sem graça (sim, isso é possível).

- Fotos photoshopadas ao extremo – isso é doido. Você vê um cartaz de candidato e quando vê o mesmo na TV, não é o mesmo. Mesmo maquiado e etc e tal, o cara na TV ainda tem alguns pés-de-galinha, rugas e manchas na cara, todos devidamente limpados na foto do santinho. Ou seja, talvez não seja mesmo o mesmo, pois a gente bem sabe que no fundo é tudo maquiagem mesmo, inclusive o discurso.

Tem mais coisas que nem lembro (e nem sei se quero lembrar) agora. Sem falar nas coligações gigantes que, quando são citadas no fim dos programetes, parecem coisa de locutor de corrida de cavalos falando na língua do pê.

Ah, e não dá pra esquecer dos vereadores e seus clichês próprios:

- Slogans rimadinhos – será que eles acham que isso é legal? Que por conta disso o eleitor vai gravar o nome do cara e coisa e tal? Eu acho tudo um absurdo sem igual.

- Os revoltadinhos – aqueles que batem na mesa, ficam vermelhos de raiva, vociferam palavras de ordem, falam de ética e renovação e moralidade, mas depois, na hora das propinas, são os que mais sabem ficar bem comportados e quietinhos.

- Os poéticos – são nobres, exibem um ar profundo, às vezes deixam até transparecer um livro nas mãos. Falam empolado e divagam sobre um mundo irreal de idealismo e esperança, enquanto nutrem a esperança de encontrar a bocada ideal depois de eleitos.

- A turma da decoreba – alguns tentam ler no teleprompter (quando ele existe), outros decoram e falam como se estivessem no jogral da escola. Pena que não convencem nem mais a mãe que, pelo menos na escola, ainda aplaudia orgulhosa.

- Os lutadores – são aqueles com espírito de Rocky Balboa, prometendo lutar pela saúde, pela educação, pelos bairros distantes, pelas crianças sofridas, pelos pingüins errantes, pelos poodles de madame e pelo que mais der na telha.

- Os que a gente deveria saber quem são – eles chegam com aquela ladainha de “você me conhece”, mas geralmente a gente não faz a menor idéia de quem sejam e, se faz, tem vontade de não ter conhecido.

- "Serei a sua voz na câmara" – e antes mesmo de votar eu decido fazer voto de silêncio.

- “Peço o seu voto” – sério? Pede mesmo? Com que moral?

Além de tudo disso, ainda temos os apelidos absurdos que alguns cabras escolhem, nomeando suas estúpidas trajetórias políticas com alcunhas ridículas e, por incrível que pareça, deveras pertinentes.

E segue o sofrimento, até o dia 5 – e mais além pra quem tem segundo turno. Tudo para fazer a gente sofrer ainda mais depois dos pleitos e das pomposas posses. Faz sentido?

sexta-feira, setembro 19, 2008

sexta-feira, agosto 01, 2008

Lujinha



Aqui, ó.

sexta-feira, julho 18, 2008

domingo, junho 08, 2008

Cuspi aceita Polonaise e vice-versa

Depois de meses de decadência visível, eis que o Meditabundas ressurge das cinzas para mudar a vida de seus leitores. Cuspi e Polonaise, que se conheceram aqui no Meditas, prometeram um monte de coisas ao padre e trocaram alianças no último sábado. Nossa lesmiótica equipe de colaboradores deseja aos dois muitas felicidades e jura que fará um esforço semi-hercúleo para reativar esta bodega.

quarta-feira, abril 16, 2008

Caso Isabella



Foi o Coronel Mostarda na cozinha e com a chave inglesa.
E não se fala mais nisso.

quinta-feira, abril 10, 2008

Para que mentir se você pode chamar mais atenção falando a verdade?

terça-feira, abril 01, 2008

Rumo ao Tenta!



Em reunião extraordinária, todos os integrantes meditabúndicos decidiram voltar a escrever pra dedéu neste blog. A fama e o sucesso nos aguardam!

quarta-feira, março 26, 2008

Vem aí: "Bodas Meditabúndicas"


terça-feira, março 11, 2008

Tropa de Elite

Só ontem que fui ver o Urso de Ouro do Festival de Berlim. Legal. Talvez só não tenha sido mais legal porque demorei tanto para assistir. Já estava enjoando das paródias e das brincadeiras com o jeitão do Cap. Nascimento. Tropa também me fez lembrar de "Cidade de Deus", sendo que lá o Meirelles deu um show na direção. O filme é tenso, tem umas cenas boas, mas de resto é apenas explosivo. Mostra uma realidade que já acostumamos a ver nos jornais. Tem o Wagner Moura detonando como sempre, e é mais ou menos isso. Achei mais legal outro filme que peguei na mesma levada: Paris, te amo. São uns 20 filmes em um. Os curtas têm locais de Paris como pano de fundo para histórias variadas, contadas por diretores conhecidos ou não. Uma delas é de vampiro, bem tosquinha. Mas vale pelas outras 19.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Nine-hundred and sixty times.

If the name written on the tag, attached to the brown duffel bag he always carries with him, is actually his name, he’s called Dolphin Whilcock. He has a skinny figure and looks like he’s in his late twenties; his face is dirty and needs shaving, his hair hasn’t seen a comb for years. Every two days he shows up at the same corner, where he stays stuck until sunset with his old flannel pajama bottom and gray t-shirt.
He knows precisely how many times the traffic light, located near the old apartment building where he appears to live, goes green everyday. When he is there, standing close to it, just like now, he seems to be hypnotized by the cyclical routine of green and orange and red. He may be wondering why the lights never blink at the same time, but nobody knows what he’s really thinking.
Though people say he can’t understand what the traffic lights mean, he has very clear in his mind that the red light stays on less time than the green one, but, yet, a lot more than the orange one. He has a certain preference for the orange light, maybe because its life is shorter than the others’. His memories are clearly bewildered, but he recalls someone telling him that he should appreciate brief things with intensified sensitivity. That’s why he stays, all day long, admiring the birth, death, and resurrection of the traffic lights. For him, that process represents eternal life, something he would like to have. He understands his life will not blink twice.
When he’s not planted on that corner, Dolphin Whilcock is walking barefoot around the square. He never goes beyond it, because he doesn’t know what waits for him on the other side of the street. He fears the unknown. In fact, when he spends the whole day looking at the traffic lights, he seems to be waiting for a new sign, an omen that will open a new path and set him free.
Everyone who lives in that particular block knows him, but not his history. The ones who try to talk to him aren’t able to sustain an intelligible conversation, because he goes no further than saying “hi.” Some of them provide him with food, which he gladly accepts. When they offer clothes, though, he declines and immediately opens his duffel bag, showing he has some clothes inside it. Nevertheless, he never changes the clothes he’s wearing. He’s made his old and dirty garments his second skin. The stuff he carries in his bag is kept for a special occasion.
“Nine-hundred and sixty times,” he informs a blonde woman who passes by, carrying groceries in a bag. She seems to be in a hurry -- mainly because she doesn’t have an umbrella and some rain drops are starting to fall.
“The green goes on nine-hundred and sixty times!” he shouts to himself, excited by the thunderstorm that’s forming right above his head. When the storm reaches that area, everybody runs, looking for shelter. He remains, gazing fixedly at the traffic lights under the rain, as if expecting a special vision. Suddenly, he faces a lightning-bolt, a huge discharge of atmospheric electricity, which blinds him for a couple of seconds.
When he’s able to see again, everything is different -- dark, almost lifeless. Something calls his attention more than anything else: the orange light is blinking now. There’s no green, no red; just orange. Totally soaked, Dolph grabs his duffel bag, crosses the street and disappears from sight.

(written in Y2K by R.Schrappe)

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Outra Roupa Que Desmancha



Legenda: "Estampa de camiseta revela final de vários filmes".

Fonte: Blue Bus de amanhã. ; )

quarta-feira, fevereiro 06, 2008



O táxi passava por um bairro afastado de Paris. Iam o motorista, ao lado dele sei lá quem, eu no banco traseiro e, do meu lado direito, um senhor marroquino com cara de afegão, barbudo, mas vestido como um bispo da igreja ortodoxa russa. O céu estava cinza e o carro andava rápido por um extensa avenida que se prolongava por uma imensa e suave curva à direita. Olhei para esta direção - portanto com o velho marroquino-afegão desfocado em primeiro plano - e pude ver pelo vidro gorduroso uma fábrica antiga. O carro andava e a fábrica nunca acabava, com seu ar centenário, suas paredes expondo os tijolos marrom-acinzentados que se confundiam com o céu. O velho ortodoxo me falava sobre aquele lugar num português surpreendente e sem legendas. Olhei então pelo vidro traseiro e vi a fábrica ficando para trás. Eu vivia uma expectativa infantil, por isso pedi para alguém tirar uma foto. O senhor marrocofegão tirou uma handycam da bolsa (ele tinha uma bolsa hippie) e apontou para mim, mas era o contraplano do meu ponto de vista e eu queria era registrar a cena da fábrica então foda-se deixa pra lá velho do turbante que imagine claro que não era um turbante e sim um chapéu da igreja ortodoxa que lembrava um quadro bizantino. Enfim, o táxi parou e o velho bizantino disse que era ali que eu tinha que descer. Pisei na areia molhada e reconheci a casa de praia da minha avó. O táxi foi embora. E agora? Acordei com uma puta vontade de mijar.

quinta-feira, janeiro 03, 2008





Alguém, por favor, puxe a orelha desse garoto. Será que o cérebro dele só trabalha dentro das quatro linhas? Não seria o primeiro caso.