terça-feira, agosto 29, 2006

A VOLTA DO CRI-CRÍTICO


Eu estava no aeroporto quando este livro olhou para mim. Sobre ele havia uma tarja em que se lia: Xis semanas em nº1 na lista do NY Times. Não que americanos sejam minha referência na hora de escolher o que ver, muito menos o que ler, mas a tarja me fez pegar o livro da estante e ler a sinopse. Havia uma teia em sua capa, uma história de um tal deus-aranha em sua orelha e alguns aracnídeos caminhando em sua terceira capa. Por alguns instantes o livro grudou em minhas mãos, mas consegui recolocá-lo novamente na estante. Comprei "Além do Bem e do Mal", do Nietzsche, em seu lugar. Isso não tem nada a ver com a história, a não ser pelo fato de que acabei ganhando o livro do Gaiman alguns dias depois. Ele, aliás, um sujeito que eu apenas conhecia de nome. Sandman, para mim, era um herói feito de areia. Aliás, ainda não sei direito o que ele é, pois sou meio analfabeto em HQs, mas o Neil Gaiman sem dúvida sabe fazer uma história diferente.
Em Os Filhos de Anansi ele narra a saga de um contador americano que vai tentar a vida em Londres. O nome dele é Charles Nancy, mas desde a infância todos o chamam de Fat Charlie, pois ele era meio gordinho. A vida de Fat Charlie começa a mudar quando sua mãe vai pro além e ele descobre que seu pai é um deus meio sacana, que deixou a bicharada toda p. da vida com suas traquinagens e enrolações. Deixou também um irmão que herdou sua divindade e sua sem-vergonhice e que promete atenazar a vida de Fat Charlie até a última das 384 páginas do livro.
Particularmente, acho que a narrativa escorrega em alguns pontos do livro, mas nada que o faça desistir de ler a história, repleta de misticismo africano, figuras estranhas e fatos mais estranhos ainda. Vale a leitura.

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